Eu deixei o amor da minha vida partir. - Matheus José
14:39
Eu deixei o amor da minha vida partir. Não! Não que eu quisesse isso, mas foi preciso. É
impossível não fazer um flashback de tudo que vivemos. Do primeiro encontro, do
primeiro beijo, do seu corpo nu, dos sonhos, dos planos, de todos os momentos juntos.
Não! Não foi muito tempo, foram apenas três meses, mas foi o tempo suficiente para
amá-la. “Mas o que é o amor?” Muitos e até mesmo eu me pergunto. Paro, penso e
chego na solução que é amor desde que a relação é regada apenas por ambos, com
sorrisos sinceros, com beijos que tiram o fôlego até da alma, de abraços apertados que
sentimos nossos órgãos serem quase esmagados. É quando ver o seu parceiro, de longe,
se aproximar e você analisar cada detalhe e dentro de ti, perceber que está no caminho
certo, que é aquilo que você quer para sua vida.
“Três meses? Tão rápido assim e já teve amor?”, outros perguntam. Eu acredito no amor
com o tempo, mas eu também acredito no amor à primeira vista. Quando meus olhos
pousaram sobre os seus eu sentir que era tudo diferente. Que não era só mais uma
relação que traduz um achismo ou uma esperança de no futuro surgir algo de bom.
Muitas vezes, o tempo é parceiro e faz tudo se concretizar e dar certo. Nesse caso, o
tempo foi meu inimigo, fez tudo se esvair e o vento soprou para longe.
E como fica o coração? Ah! Meus amigos, o coração fica murcho, triste, quase para. A
gente interrompe todos os afazeres do dia e pensa um pouco no passado e no presente,
vemos o quanto foi importante todos aqueles momentos juntos. Os aprendizados, os
erros e acertos. Sou feliz pelo que vivi, no passado. Sou triste por ter que deixar a magia
do beijo, o segredo renovador do olhar, o desejo do corpo, os sonhos... e viver a
saudade, a tristeza, as cartas que jamais serão enviadas e as viagens marcadas que
nunca serão feitas.
Mas porque deixar? Porque nem sempre as coisas são do jeito que queremos, do jeito
que nossos corações desejam. Porque às vezes, soltar a mão é melhor do que agarra-la.
No meu caso, o tempo foi um empecilho para uma pessoa que preza mais a rotina do
que um verdadeiro sentimento. É que também, às vezes, enquanto você é um vulcão de
sentimentos, o seu parceiro é um lago congelado. É que as vezes tudo esfria. É que
vivemos com o risco do “não recíproco”.
Mesmo com um coração encharcado de amor e dor. De saudades e tristeza. Eu prefiro
poupá-la dos meus sentimentos exagerados, do incobrável que eu sempre cobrei. Do
carinho que não pode ser dado, do amor que nunca surgiu, do valor que não existe. Hoje
eu prefiro ser um homem como estrelas que brilham sozinhas e deixar o grande amor
da minha vida partir.
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