Maratona Literária #03

20:38

A indicação de hoje não se trata de um conto ou crônica, mas sim de algo que a pouco tempo aprendi a apreciar: poemas. 

Desde que me lembro por gente, sempre torci o nariz quando se tratava de poesia - ainda mais quando se tratava de criar poemas para trabalhos escolares.
Mas, como há males que vem para bem, foi exatamente este gênero que me deparei enquanto estudava para o ENEM, a algumas horas atrás. E sabe o que tem de curioso nisso? Eu simplesmente adorei e percebi que, o que eu odiava, de fato, não era o gênero, e sim a obrigação de ter que compor algo do qual não estava acostumada.
E, com um pouco de atraso, aqui está minha 3° indicação para a marotona: Marília de Dirceu, do autor Tomás Antônio Gonzaga.

"Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, de expressões grosseiro,
Dos frios gelos e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte:
Dos anos inda não está cortado;
Os pastores que habitam este monte
Respeitam o poder de meu cajado.
Com tal destreza toco a sanfoninha,
Que inveja até me tem o próprio Alceste:
Ao som dela concerto a voz celeste;
Nem canto letra que não seja minha,
Graças, Marília bela,
Graças à minha estrela!
(...)"

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