[RESENHA] Para onde vão os suicidas? - Felipe Saraiça
06:44
Para onde vão os suicidas, de Felipe Saraiça, é um dos poucos livros que tratam do suicídio sem romantiza-lo, e isto ja lhe dá um ponto.
Para onde vamos depois de morrer? Apesar de não te conhecer e não fazer ideia de qual seja sua religião (caso tenha uma), tenho 90% de certeza de que já se fez essa mesma pergunta, afinal, somos curiosos por natureza, e saber para onde seremos mandados depois que nossos corpos expulsarem nossas almas é algo do qual deveríamos ter consciência.
Angelina, assim como todos nós, não sabe como responder a esta pergunta. Tão nova e viva de corpo, e tão morta e cansada da alma, a garota decide que é a hora de acabar com sua existência e seguir para seja lá onde for as almas suicidas. Entretanto, para sua surpresa, esse processo não é tão simples como pensou: até mesmo em sua morte há etapas pelas quais precise passar para finalmente poder descansar.
Em sua pós-morte, Angélica conhece Ixtab, sua guia que lhe ajudará a chegar ao seu destino, entretanto, para conseguir se livrar de vez de suas amarras na Terra, ela terá que vencer um desafio: convencer pessoas com pensamentos suicidas de que a vida vale a pena; se ela vencer o desafio, então poderá seguir em paz, mas, caso falhe, sua alma estará sempre presa a seu corpo.
Nunca havia lido nada do autor antes, e devo confessar que fiquei impressionada com o modo como Felipe descreve os sentimentos de Angelina. Escreve um livro cujo tema principal é suicídio, é algo incrivelmente difícil e que suga nossas energias; mas escrever um livro cujo tema principal seja o suicídio, e não romantiza-lo ou torna-lo algo banal? Alguém, por favor, traga um prêmio para este homem!
A escrita do autor é fluida e nem um pouco cansativa, e ele soube expor bem os sentimentos dos personagens. Uma característica que considero positiva foi o autor não ter descrito os processos do ato do suicídio, apenas o necessário para nos situarmos na cena.
Confira os aspectos gráficos do livro - estão demais!
A escrita do autor é fluida e nem um pouco cansativa, e ele soube expor bem os sentimentos dos personagens. Uma característica que considero positiva foi o autor não ter descrito os processos do ato do suicídio, apenas o necessário para nos situarmos na cena.
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2 comentários
Oi, Larissa.
ResponderExcluirEu estou um pouco saturada do tema, acho que de repente implodiu um monte de livros com suicídio no meio e isso meio que cansa, mas gostei do ponto do autor ao não romantizar o ato, acho que isso já é um bom diferencial, além da capa ser maravilhosamente linda.
Beijos
http://suddenlythings.blogspot.com.br
Oi, Miriã!
ExcluirConfesso que o meio literário estava meio saturado com o assunto, mas essa história me pegou em cheio! :D
Beijos!